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Se você sempre invejou a capacidade de clarividência de médiuns e
ciganas, pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) têm uma
novidade: qualquer pessoa é capaz de prever o futuro. O motivo? Todos
nós somos capazes de sugerir qual o próximo evento dentro de um
determinado panorama, seguindo o que os psicólogos chamam de “corrente
de consciência”.
Esta corrente, que foi a base do estudo, nada mais é do que o nosso
fluxo normal de pensamentos ao observar o que está à nossa volta. O que
proporciona a continuidade da corrente de consciência, no cérebro, é a
dopamina. Trata-se de um neurotransmissor, ou seja, uma substância atua
nas sinapses, as ligações entre neurônios.
Um cérebro saudável, segundo os pesquisadores, tem sempre uma
previsão automática a um futuro próximo, com grande possibilidade de
acerto. Isso não exclui totalmente, como explicam os cientistas, as
chances de haver uma previsão errada, e tal chance aumenta conforme a
pessoa envelhece, sofre danos cerebrais ou contrai doenças como o mal de
Alzheimer.
O estudo aconteceu com um grupo de jovens voluntários, que foram
colocados para assistir a pequenos trechos de vídeo enquanto eram
submetidos à ressonância magnética. Em cada filme, havia uma pessoa
fazendo algo previsível, como limpar o carro ou lavar roupas. No meio de
cada cena, os pesquisadores paravam o vídeo e pediam para cada
participante prever o que viria a seguir. Mais de 90% das previsões
estavam corretas. Mas se a cena mostrada, no entanto, fosse inteiramente
nova, a média de acerto de um evento futuro caía para menos de 80%.
A ressonância magnética serviu para medir a atividade cerebral de
cada paciente durante o período. Os exames mostraram, no fim das contas,
que a potencialidade do cérebro aumenta de forma notável quando era
exigido que se adivinhasse algo que ainda não tinha acontecido. A chance
de acerto, dessa forma, vem com a experiência: quando o cérebro já
registrou algo parecido anteriormente, tem boas chances de avaliar o que
virá a seguir.
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